Acenda as suas luzes internas

Quando pressentimos que a nossa luz interior começa a adormecer tendemos, muitas vezes, a nos acomodar. Mas a luz é intensa e nos faz sentir plenos e amparados pelo Criador. Que a potência dessa luz nos ponha em estado de contemplatividade, nos libertando da clausura interior que nos impede de enxergar a verdadeira condição da nossa alma, livre e eterna. 

Acenda as suas luzes internas. Prepare-se para ter um encontro com as coisas etéreas, alimentando a sua fé, abandonando as sombras que afugentam o seu brilho interior.
Nossas luzes, em nossa vida corpórea,

são limitadas, por isso, temos que alimentá-las com as informações obtidas através de meios cognitivos, tais como a intuição, contemplação e a oração fervorosa, nascida do coração e da alma. Aumentando o nosso conhecimento espiritual, buscando as fontes necessárias para a obtenção desses conhecimentos, como os estudos sobre a vida após a morte corpórea. E, principalmente, trabalhando, incansavelmente, pela nossa depuração espiritual, abandonando os nossos vícios e trabalhando pela libertação das nossas imperfeições.

Luto interior

A maioria das pessoas não compreendem nossos processos de transformação pessoal. A alma se ajustando a uma nova realidade, e aquela vontade enorme de abandonar o que não nos é mais importante, um silencio inquietante, enquanto vamos nos lapidando, pouco a pouco, ao encontro de uma nova possibilidade. É um momento de luto interior, pois, estamos nos despedindo do que fomos, encontrando nossa verdadeira essência, encontrando o nosso verdadeiro Eu. Um luto necessário. É preciso dizer adeus às folhas mortas, enquanto, em nós, brota o sumo vital que nos levará de volta pra casa, ao que somos de verdade.

A terapia do espelho

Conhece a terapia do espelho? Se ponha diante de um deles, por alguns minutos e, tente enxergar, através dele, quem você talvez esteja deixando de fazer feliz. Isso mesmo. A única pessoa que inteiramente pode fazer você feliz está refletida nesse espelho. Não desista de você. Você resulta de um encontro de duas células, em um ato predestinado pelo Criador, que o consagrou como um ser especial, com missões importantes para a sua evolução espiritual. Se procedeu fora dos padrões desejados pela Criação, ainda há tempo de reconstruir a sua existência. Abandone todas as desventuras e imperícias cometidas até hoje, e refaça a sua vida corrigindo os procedimentos errôneos, construindo uma nova realidade. Assim, será capaz de admirar e respeitar aquela pessoa refletida no espelho, a quem você muito deve, pois, ela é resultado de um momento escolhido pelo Criador. E não importando as penas pelas quais você deve passar, é a esse momento que você deve louvar todos os dias da sua vida. O que torna a vida preciosa não são os fatores externos, mas os valores essenciais ao seu aprendizado como ser humano, que você terá que conquistar a cada dia.

A outra margem

Quantas vezes os nossos pensamentos travam, como uma porta trancada subitamente e, deixamos de perceber que aqueles entraves que nos impedem de sermos felizes são superáveis, são removidos facilmente se mudarmos a nossa forma de olhar as coisas, mudarmos o ângulo de percepção, deixando que o fluxo dos pensamentos seja normalizado. E olhando mais além de nosso umbigo, perceberemos que há uma outra margem, onde podemos alcançar. A travessia pode ser demorada, contudo, haveremos de atingir a nossa meta. Não permitiremos que o barco fique à deriva, devemos remar sem parar até que, diante de nossos olhos nos defrontemos com aquilo que sempre esteve diante de nós, e, por pura estagnação deixamos de enxergar.

A criança interior

Que a criança que um dia fomos permaneça como nosso guia nas horas de desassossego, de desordens morais e/ou espirituais. Essa criança que sabe ungir-se de alegria, encontrando na simplicidade razões para esse estado de contentamento.
A alegria brota da alma, sem que se conheça as razões para tal. É uma dádiva dos céus, onde estão guardadas todas as respostas e, ao nos tornarmos adultos, perdemos, por diversas vezes, esse canal que nos vincula a essa circunstância de absoluta felicidade.
Temos todas as idades pelas quais passamos, e por esse motivo, não devemos nos desapegar dessa infância que ornamenta a nossa vida adulta com entusiasmo e jovialidade.

O príncipe dos sonhos

Na infância, sonhávamos e críamos nos sonhos, nas histórias lidas ou contadas, nas princesas resgatadas para a vida e o amor, no final feliz e na
felicidade que viria após cada final. Costumávamos dormir esperando os lindos sonhos que certamente viriam e eram presságios da vida real. Dormíamos esperando que os príncipes nos acordassem com beijos suaves e puros e nos mostrassem as janelas, por onde fugiríamos para um passeio encantado. Voaríamos, veríamos de cima toda a cidade adormecida e acreditávamos que cada uma daquelas pessoas tivesse o seu príncipe, ou a sua princesa e que possivelmente, naquelas horas silenciosas, cada uma delas estaria embevecida com os seus próprios sonhos. Deveríamos continuar a sonhar como crianças crendo que, ao acordarmos dos sonhos encantados, tudo estaria tal qual naquelas viagens extasiantes e, de certo nossa vida seria arrebatadora e cheia de arroubos juvenis. Ao amadurecermos perdemos a capacidade de sonhar. Perdemos todas as certezas, a esperança de uma vida de enlevo e plenitude. A vida muda, se transforma, porém os sonhos não devem morrer jamais. São eles que nos mantém vivos e plenos de felicidade. Que ao adormecermos, possamos encontrar os nossos anjos protetores, pois esses, sim, são os príncipes de hoje. Nunca nos abandonarão, sempre estarão ao nosso lado, velando para que tenhamos os doces sonhos de outrora.

Em direção à luz!

Prefiro não olhar pra trás. Quero caminhar em direção à luz, deixar que os meus passos me conduzam ao meu novo caminhar. Esquecer todas as certezas antigas e, lembrar sempre, que nenhuma certeza é eterna. De certo, a única coisa que temos, é que estamos em missão aqui nessa grande escola, que é o nosso planeta. Se olharmos pra trás, é porque ainda temos dúvidas do que tivemos que abandonar, a fim de galgarmos uma vida de plena iluminação, ainda que, pra alcançá-la, devamos subir degrau por degrau. Renunciarmos ao que não nos beneficiou, ao que não nos trouxe resultados produtivos, ao que não contribuiu para a nossa ascensão como espíritos encarnados em experiência corpórea. 

Nosso caminho é, sempre, em direção à Luz!